Península Valdés - Puerto Piramides e Puerto Madryn

Resolvido o problema do motor home, nada grave, apenas a troca de uma peça e um apertãozinho na lataria de baixo do carro, que graças às péssimas estradas estavam soltando-se e provocavam um grande barulho.

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Após a arrumação, saímos em busca de javali para o almoço, mas infelizmente estávamos fora da temporada de caça, nos contentando com uma refeição na beira da estrada. Todos alimentados, partimos em direção a Puerto Piramides. Logo, na entrada do vilarejo tem um pedágio, um custo de $70 por pessoa e por dia, vale dizer que foram os setenta pesos mais bem pagos, pois a cidade é linda, muito alto astral. Trata-se de um vilarejo hippie muito aconchegante, com apenas duas ruas com calçamento, todo resto é de ripio. Chegamos tarde, e fomos a um restaurante chamado “La Estacion”, restaurante repleto de gringos, de pratos bem servidos e com um austríaco muito doido tocando instrumentos exóticos.

Pernoitamos em um local exclusivo para motor home, bem em frente ao mar, no qual baleias jubart nadavam e brincavam. O vento era muito forte, chegava a balançar o motor home, um frio de 9° e um vento uivante. Pela manhã pudemos observar as baleias e apreciar a beleza e o astral da península, provamos uma deliciosa Torta Negra de La Patagônia, cuja origem é galesa, além de uma rápida parada para as compras, antes de seguir viagem.

O caminho, para o primeiro, de vários passeios turísticos, era de ripio, cerca de 150 km em busca dos animais nativos da península. Passamos por Punta Delgada, onde avistamos os primeiros leões marinhos, dormindo, tomando sol, se arrastando de maneira preguiçosa pela praia.

Mais à frente em Punta Cantor mais leões e lobos marinhos foram avistados. Um festival de animais curtindo o banho de sol. Demos então, uma paradinha estratégica para o almoço, este feito pelo mestre cuca Pablito.

Após o almoço, seguimos para Caleta Valdés, onde pudemos avistar, além de um interessante acidente geológico, muitos pingüins à alguns passos de distância.

E por fim, chegamos a Punta Norte, local com a maior probabilidade de visualização de orcas, contudo o mar estava agitado devido à ventania que nos assolou durante todo o dia, ventos que chegavam a empurrar o motor home pela estrada, desta forma, não foi possível ver as tão esperadas orcas!!! Entretanto, pudemos ver muitos animais diferentes, como os guanacos, animais parecidos com lhamas que saltitam pelos campos secos da península.

Findo o dia tocamos em direção a Puerto Madryn, cerca de 91km de Puerto Pirâmides, onde andamos pelo centro, vimos a comemoração dos torcedores do River na praça central após vencer o campeonato nacional, e ainda jantamos um belo pancho, não é Senhor Morales???

Em Puerto Madryn tem-se acesso a internet wi-fi por toda a cidade.
Pela manhã, fomos ao Museu de Ciências Naturais e Oceanográficas, seguindo a dica da recepcionista do museu, almoçamos uma excelente parrillada, no restaurante Puerto Marisko, na Avenida Juan Roca, também conhecida como Avenida Costanera, onde ganhamos 4 taças de espumante.

Nos preparativos para seguirmos com a viagem, Senhor Morales, muito descontente pela ausência das orcas, observou o mar a nossa frente e notou uma barbatana no mar, decidimos voltar a Península Valdés!! Após duas horas de ripio e muito, mas muito, pó, chegamos novamente a Punta Cantor, onde aguardamo por mais algumas horas e nada das orcas, mesmo o guarda florestal tendo dito que elas passaram por la cerca de uma hora e meia antes de nossa chegada!

O jeito foi se contentar com as paisagens e demais animais e continuar nossa trajetória rumo a Trelew, onde estamos no momento (1:30)....

*Obs: o horário das postagens não confere com o real.

Pablo e Jú