terça-feira, 30 de novembro de 2010

Recado do Morales - Parte 4

Bom dia amigos, são 9:18hs do dia 30.11.10, nossa localização atual no Parque Nacional Torre del Paine é S 50º58`38.4`` W 072º48`01.3``, esta posição fica as margens do Rio Paine a 7 Kms da Hosteria del Paine e a 15,5 Kms da base das Torres.
Não conseguimos chegar mais perto por culpa de uma ponte que mede 2,10 de largura e o Milodón (a trupp resolveu batizar o MH c/este nome) mede 2,14. Mais tarde segue fotos das vans da Hosteria que fazem os translados e que retiraram os retrovisores laterais para poderem passar na ponte.
Eu e Beatriz estamos aguardando dentro do Milodón a dupla de exploradores dos pampas Pablito/Juliana retornarem do acampamento que resolveram fazer na base das Torres. Eles partiram ontem c/barraca, saco de dormir, lanterna, canivete, talheres e mantimentos para pernoitarem no camping na base das Torres. A Ju mais parecia um robô de tanta roupa para enfrentar o frio.
Aguardem o relato da dupla de mais esta aventura !!!!!!!
E por falar em Juliana dna. Beth, a nossa navegadora ainda não conseguiu engordar nada ainda, apesar das parrilladas/cordeiros/pizzas/vinhos/e dna. Bia  “socando” comida.
O visual mais “cheinha” que aparecem nas fotos, são as ROUPAS !!!!!!
Estamos com um ovo de ganso silvestre que peguei para “reforçar” o almoço dos exploradores que devem chegar daqui a pouco com fome e frio !!!!!!!!
Ontem os “veios” aqui resolveram dar uma caminhada até a hosteria p/tomar café (7 kms ida+7 Kms volta), mas valeu a pena, assim que tivermos acesso a internet a Ju posta as fotos ok?
Esta noite, a dna. Bia não conseguiu dormir, pois o Milodón sacudiu muito a noite inteira por causa dos ventos fortes das Torres, ela embestou que o Milodón iria virar e também preocupada c/nossa dupla de aventureiros no alto da montanha.
Amigo Oswaldo, bota a L200 nesta estrada, vais gostar demais.
Vilinha!!!!! Já estou c/pedaço da geleira que encomendou (veja fotos mais tarde), vamos ver se o frízer do Milodón resiste até POA.
Ricardo, não esquece de trazer os bastões de caminhada, vão ser úteis, aqui é o paraíso dos trekking, você vai adorar (e entender) as explicações de como se formou isto tudo....
Evandro/Meg, vocês fazem falta companheiros...
Danni e Dri, vocês tem razão, a Jú é uma EXCELENTE navegadora. (a garmin que se cuide...)
“Nati” querida, da próxima quem sabe se habilita a vir junto...Bjão do gordo.
Rosana/Ricardo, pena que não vieram junto, seria demais,(quem sabe da próxima..). Quanto a fotos c/toda trupp junto é difícil, pois o vento derruba a máquina no tripé, então fotos c/todos só quando aparece turista “gringo” disponível;
Que nada Ana Cristina, quem já comeu as “gororoba” do Pablito isto é moleza..(ele vai ficar enjoadinho e me negar os excelentes assados criolos de ovelha que tem feito p/trupp). Quanto ao alternador do Milodón está ótimo.
João, estou c/saudades das ondas/sol de Floripa, em breve estaremos aí para tirar o frio!!!!
Mana querida, avisa a dna. Nely que está tudo ótimo (tenho me lembrado do veio Nelson nesta aventura),quanto ao Milodón,  apesar dos remendos, está FIRME e FORTE, e para os PIRATAS nada é impossível.
Dna.Beth, o mistério do banho foi solucionado, é só proteger as entradas de ar do  Junker do vento patagônico. (depois disto os banhos tem sido ótimos)
Quanto a sua filha ela é ótima, o mistério agora é como ela consegue se virar em espaços tão pequenos.....(teria feito treinamento para contorcionista em algum circo?)
Mônica, a Jú já está perfeitamente adaptada as temperaturas das montanhas, pois já optaram por ACAMPAR na base das Torres del Paine esta noite, e ventou muuuuitoooooo conforme relato acima. Já recebemos comunicado via radio que já estão retornando e tudo está bem, só vão demorar um pouco p/causa do vento que está um TUFÃO cfe. Pablito, e com a “massa” da Jú, todo cuidado é pouco nos ventos da Patagônia.(parece que Pablito amarrou uma corda no pé da Jú para segura-la na rajada de vento)
Pretinha, assim que a Ju puder ela posta mais fotos ok? (as internet aqui são lentas e raras). Avisa ao Sasá que asa aqui é a jato!!!! O minuano é uma brisa tchê, vento mesmo é o Patagão, Bjão.
Amigo Kaveirinha!!!!! Como anda este stress aí no RJ? Já fez teu curso de guerra? Te cuida irmão, compra um colete a prova de balas e não “inventa” de tirar fotos de tiros ok? Aqui parceiro, tudo é paz e natureza ( a natureza é que as vezes nos mostra sua força parceiro...) Sorte e paz.
Paulinha, realmente a Jú é a nossa princesinha, e também avisamos que a maison Morales está a disposição durante o seu concurso no RS, é só combinar c/Pablito_Jú.
Abraços.
“Elemento” Cláudio, seria bacana a escolta mas não temos como afirmar a data de chegada, mas valeu a intenção. Quando vai encarar esta? A “Gringa” topa c/certeza, a tomada de decisão é tua parceiro. Vem que não vais te arrepender.
Bem..acho que retornei a todos, agora é aguardar outra oportunidade para manter atualizado os meus informes, vou encerrar por aqui pois dna Bia insiste que o vento vai virar o Milodón e vamos morrer, eu tento acalmar dizendo que perigo de morte é no RJ de bala perdida, aqui é só curtir a força da natureza e respeita-la. (a idade é fogo...)
Caro Celso, isto aqui é o teu chão, as torres são fantásticas, ficou a seguinte dúvida:
As torres são escaláveis? Em que época? Vimos muito caminhantes mas não alpinistas.
Abração a todos do Pirata Morales.

PS. As fotos seguem após ok? (inclusive a do ovo de ganso antes de serem devorados p/Pablito_Jú)


 Morales




sábado, 27 de novembro de 2010

Do Ushuaia à Porto Natales

Deixamos o Ushuaia, no final da manhã, rumo à Punta Arenas, no Chile. Voltamos por Rio Grande, a cidade dos ventos, e San Sebástian, mesmo caminho que havíamos utilizado na ida ao Ushuaia. Inicialmente, foi cogitada a ida a Punta Arenas por Porvenir; entretanto, preferimos não arriscar passar pelo rípio de lá, menos utilizado que o de Bahia Azul, portanto, possivelmente em piores condições, além disso, a balsa de Porvenir para cruzar o Estreito de Magalhães tem uma duração de 2 horas a mais que a outra, dessa forma, decidimos ir a Punta Arenas pelo mesmo caminho que havíamos utilizado anteriormente...

Durante a parada para o almoço, em um posto de gasolina em Rio Grande, um carro velho, típico argentino, diga-se de passagem, bateu na traseira do Motor Home. Conosco nada aconteceu, já com o carro argentino, “bah”, se dissolveu.

Chegando a San Sebastian, passamos por duas aduanas, deixando a Argentina e entrando no Chile, seguindo por 4horas no ripio até chegar à Bahia Azul, onde realizamos o transbordo pelo Estreito de Magalhães, enquanto fazíamos a travessia na balsa, Ju e Pablito providenciaram uma janta rápida, que acabou não sendo tão rápida assim, com direito a continuação em terra firme.

Depois do rango, seguimos a Punta Arenas, onde dormimos, e pela manhã fizemos um city tour rápido, conhecendo museus, mirante e a zona franca (que não é tão franca assim!).
 
Após conhecer “tudo”, seguimos a Porto Natales, onde jantamos em uma pizzaria muito boa, cujo prédio foi o primeiro comercial da cidade, Morales com seu ponto de vista tirou fotos, mas que só estarão disponiveis para vocês em outra postagem, vez que estamos correndo para conhecer esta cidade linda, com os Andes ao fundo, e nos preparando para ir ao Parque Nacional Torres Del Paine......onde pretendemos ficar por dois dias incomunicaveis.

É isto ai, contamos as novidades e colocamos mais fotos na próxima postagem, aguardem!!!!!

Beijos a Todos!!!

Pablo e Jú

***Gordinha, to no Chile e não estou conseguindo ligar para o Brasil!!! Voltamos para a Argentina em breve, ai ligo!!!

                         

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Enfim Ushuaia...

Saindo do paraíso de pingüins, rumamos à Comodoro Rivadavia, cidade do petróleo, mas devido ao atraso na reserva dormimos no meio do caminho, em um posto da gasolina na cidade de Garaialde. Pela manhã, retomamos a jornada, parando estrategicamente em Caleta Olívia para almoçar, e ainda, molhar as canelas nas águas argentinas, Pablo e Jú, confiantes demais no mar tranqüilo, foram surpreendidos por uma onda maior, voltando encharcados ao Motor Home. Seguimos então, até San Julian, onde abastecemos e partimos para Rio Gallegos, cidade do falecido Néstor Kirchner, onde jantamos e pernoitamos.
A busca pelo jantar foi uma batalha, Senhor Morales após o delicioso miojo do almoço, decidiu que comeria cordeiro patagônio a qualquer custo, o que nos levou a uma procura longínqua por um restaurante, cujo endereço nem o GPS nem o Pablo concordavam, levando mais de uma hora, até o encontro de um restaurante. As ruas Argentinas são muito mal numeradas, dificultando muito a busca, mas finalmente nos acomodamos no restaurante “Bartollo”, onde fomos mal atendidos e o cordeiro deixou a desejar. Contudo, Seu Morales se disse satisfeito, entendendo Pablo ser essa, apenas uma estratégia para não dar o braço a torcer.



 Comodoro Rivadavia cidade do petróleo



 A viagem chega aos 5mil km rodados!!!


Rio Gallegos foi deixado para trás, dando continuidade à nossa jornada ao Ushuaia. Partimos então, para Rio Grande, uma cidade base da força aérea argentina, situada em uma região de muito vento, dando uma sensação térmica de muito frio.
A chegada a Rio Grande foi cansativa e longa, mesmo sendo apenas 382km aproximadamente, pois passamos por 4 aduanas, duas Argentinas e duas Chilenas, uma travessia de balsa pelo estreito de magalhães, além de muito ripio.

 Fronteira Argentina/Chile




Balsa para a travessia do Estreito de Magalhães




Reparem o vento a caminho de Rio Grande

Chegada à Terra Del Fuego

Ovelhas nos campos argentinos - Ricardo esta é para você




Muito ambiciosos esses argentinos, estas placas estão espalhadas por todo país, mas mesmo assim precisam de passaporte para entrarem lá.


À noite, já em Rio Grande – Terra do Fogo, antes de sairmos para jantar, todos fomos tomar banhito, mas por um mistério ainda não desvendado, o banho se inicia quente e simplesmente esfria, do nada, congelando o coro da galera. Seguidores se tiverem sugestões, opiniões, críticas, ou simplesmente quiserem desabafar sobre o banho, sintam-se a vontade. 
Bom, após o banho misterioso seguimos ao restaurante chamado “Los Troncos”, indicado pela atendente do posto de gasolina onde nos hospedamos, lá fomos muito bem servidos, com direito a muita comida, o Pablo que o diga, saiu quase carregado, não conseguindo comer uma mera porção de parilla. Esse gaúcho....tsc tsc tsc.


Cordeiro Patagônico - o legítimo


Ao voltarmos para o posto, nossa morada provisória em Rio Grande, a temperatura estava por volta de 5°C, mas pela manhã, e as 7h, segundo informações do Capitão Morales, estava 0°C, com um vento de levantar vôo e arrancar portas de carro.
Deixamos então, pela manhã, Rio Grande e suas ventanias, rumo ao objetivo principal, USHUAIA. A estrada possui uma paisagem diferenciada das demais rodadas pela Argentina e Chile, com árvores altas, secas, montanhas e gelo, nevando suavemente durante nossa passagem pela estrada, o que proporciona visuais realmente impressionantes.








Parada estratégica para o almoço, com um visual inesquecível!



Cumprindo rigorosamente os planos do Capitão Morales chegamos às 13:00h no USHUAIA, com direito a visita ao museu nacional do fim do mundo e a uma passada rápida na principal rua de compras, San Martin, região central da cidade. A noite fomos ao Pub Dublin, ótimo bar freqüentado por nativos, com preços módicos, música boa e cervejas artesanais. Isto claro após o banho surpresa, aquele em que não se sabe o que acontece com a temperatura da água.







Pela manhã do dia 22 de novembro, as 7:30h levantamos e fomos rumo aos passeios turísticos, momento em que Pablito se deu conta da perda da máquina fotográfica que mostra o ponto de vista do Morales, depois de muito pensar e relembrar os fatos, nos demos conta que fora esquecida no Pub, onde mais tarde iríamos procurá-la. Um dos passeios foi o “Tren Del Fin Del Mundo”, no qual o trem percorre o trajeto percorrido pelos prisioneiros até os bosques de onde se extraíam madeira para as construções da cidade, nele se vislumbram as paisagens e se conhece um pouco mais da história da cidade. Saindo do trem, fomos para o parque nacional onde o chefe Pablito, demonstrando suas habilidades, nos preparou uma palheta de cordeiro na churrasqueira, como podem observar na foto, sempre muito atento. Mas mesmo com este preparo suspeito e com o ataque de pequenos gaviões ao assado, o mesmo ficou gostoso surpreendendo a todos da trupp.
















Deixando o parque nacional seguimos ao Pub em busca da câmera perdida, não logrando sucesso. Decidimos então, afogar as mágoas no jogo, indo ao Cassino da cidade, Pablo com azar inicial, mas com muita sabedoria e experiência conseguiu ganhar $185 pesos na roleta, recuperando o valor apostado e lucrando $85, o qual foi perdido em seguida. Depois, fomos jantar no restaurante “Tia Elvira”, localizado na Rua Maipú n° 349, onde pudemos apreciar deliciosos pratos, a centolla, o robalo e a truta, todos muito bem preparados e servidos, recomendamos a todos, leram Ricardo e Rosana?!

Pela manhã do dia 23 de novembro, fomos em busca de uma lavanderia, pois após duas semanas de viagem havia muita roupa a ser lavada. Deixada a roupa na lavanderia, seguimos ao antigo presídio onde funciona um Museu com a história do mesmo, dentre as histórias existe uma que fala sobre um garoto de 16 anos, que matou diversas crianças, algumas queimadas, sendo preso e condenado, sua maldade foi atribuída as suas orelhas avantajadas, as quais foram operadas tentando melhorar sua índole. Também descobrimos, para nossa surpresa, que Carlos Gardel, famoso cantor de tango argentino, era um grande falsário e acabou passando por lá.







No período vespertino buscamos internet, fizemos compras e nos arrumamos para o passeio de barco pelo canal de Beagle, que seria realizado no período noturno das 19h às 23h, em função das condições do vento. Enquanto nos arrumávamos uma garota bateu no Motor Home, nos entregando a máquina perdida no Pub, e aqui queremos agradecê-la pela bondade e gentileza de nos localizar................GRACIAS MARINA!!!!








Fomos então, todos muito faceiros com o retorno da máquina ao passeio de barco, comandado pelo Capitão Silvio Lima, no barco Iate Kams, um gaúcho de Santa Rosa e Gremista, que nos proporcionou um ótimo passeio, chegando bem próximo aos animais e com direito a chimarrão e licor preparado pelo próprio marinheiro, fica ai mais uma dica para aqueles que pretendem visitar o Ushuaia um dia.










Hoje, dia 24 de novembro, tomamos um café da manhã reforçado no “Almacen de Ramos Generales”, que fica na Rua Maipú, de lá seguimos ao Glaciar Martial, uma montanha, que em época de temporada, possui uma pista de esqui. Pablo e Jú subiram a montanha, uma caminhada de 2km bem íngremes, mas com um visual deslumbrante.










Depois de 4 dias no Ushuaia a impressão que ela nos deixa é de uma cidade mal planejada urbanísticamente, graças a necessidade de povoamento destas terras, sendo permitidas todas as formas de construção, mas com paissagens naturais lindas. A temperatura variou de 15°C à 0°C, com queda de flocos de neve pelo menos uma vez ao dia, as chuvas e os ventos são frequentes no verão, ficando mais seco e com neve no inverno, quase sem vento.

Agora são 22h no Ushuaia, e estamos atualizando o blog em um restaurante chamado “Placeres Patagonicos”, onde comemos uma bela salada, sanduíche e mate. Dona Bia e Seu Morales acabam de chegar após limpar o Motor Home embaixo de chuva de granizo, para seguirmos viagem amanhã pela manhã até Punta Arenas. 


Jú trabalhando duro das 16h as 22h, enquanto o gaúcho bebe chimarão


Pablo e Jú